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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A visão dos nossos pequenos





Visão 

Seu bebê enxerga desde que nasce, a menos que tenha algum problema de visão. Conforme vai crescendo, ele usa os olhos para absorver uma quantidade imensa de informação sobre o mundo que o cerca, o que por sua vez vai estimular o desenvolvimento do cérebro e colaborar para conquistas no âmbito físico, como sentar, rolar, engatinhar e andar. 

Quando se desenvolve 

Nos primeiros meses de vida, a visão do bebê vai se aprimorando, e em torno dos 6 a 8 meses de idade ele enxerga o mundo quase tão bem quanto um adulto. 

Como se desenvolve 


A visão da criança vai se desenvolvendo aos poucos, diferentemente da audição, que está plenamente amadurecida ao fim do primeiro mês. Quando o bebê nasce, a visão é meio embaçada, mas ele distingue luz, formas e movimento. O recém-nascido só enxerga bem mesmo a uma distância de entre 20 e 30 centímetros -- ideal para perceber com clareza o rosto da pessoa que o carrega no colo. O rosto da mãe, nessa fase, é a coisa mais interessante do mundo para o bebê; em seguida vêm imagens com bastante contraste, como um xadrez em preto e branco. Assim, capriche nos momentos de olho no olho. 
A visão do seu bebê vai se tornando melhor com o tempo, e aos 8 meses ele enxerga praticamente tudo. 

Um mês 

Quando nasce, o bebê não sabe usar os olhos de forma concomitante, por isso fica "vesguinho" com frequência. Com 1 ou 2 meses, no entanto, ele já aprende a focalizar os dois olhos ao mesmo tempo e é capaz de acompanhar com o olhar um objeto em movimento (embora talvez já fizesse isso por curtos períodos desde o nascimento). Um simples chocalho passado diante do rosto dele já é o suficiente para hipnotizá-lo. Você também pode tentar com seu próprio rosto: olhe-o nos olhos e mexa seu rosto para um lado e para o outro. Os olhinhos dele provavelmente vão se fixar nos seus. 

Dois meses 

Os bebês enxergam as cores desde que nascem, mas têm dificuldade para distinguir tons parecidos, como vermelho e laranja. Por isso, muitas vezes preferem cores contrastantes ou o preto-e-branco. Entre 2 e 4 meses de idade, no entanto, as diferenças entre as cores vão ficando mais claras, e seu bebê começa a distinguir tons semelhantes. Com isso, deve começar a mostrar preferência por cores primárias e fortes, e por formatos e desenhos mais detalhados e complexos. Incentive o interesse mostrando ilustrações, fotos, livros e brinquedos de cores vivas. Durante os próximos meses, ele também vai aperfeiçoar a técnica de seguir objetos com o olhar. 

Quatro meses 

Nessa fase, o bebê começa a desenvolver a percepção de profundidade, que o ajuda a saber se alguma coisa está perto ou longe. Também passa a controlar melhor os braços, e assim o desenvolvimento visual acontece na hora certa para ajudá-lo a tentar pegar coisas tão intrigantes, como seu cabelo, seus brincos ou seus óculos, com muito mais precisão. 

Cinco meses 

Com essa idade, seu filho consegue detectar objetos pequenininhos e acompanha bem o movimento das coisas. Pode até ser capaz de reconhecer um objeto enxergando só uma parte dele -- a base para as brincadeiras de esconde-esconde que vocês farão nos meses seguintes. A maioria das crianças de 5 meses já aprendeu a distinguir entre cores básicas parecidas, e agora começa a observar as sutis diferenças entre os tons pastel. 

Oito meses em diante 
A visão do seu bebê -- que antes chegava no máximo aos 50 por cento de acuidade -- agora é quase igual à de um adulto em termos de clareza e percepção de profundidade. Ele ainda enxerga melhor de perto que de longe, mas com 8 meses já vê o suficiente para reconhecer pessoas que estejam do outro lado de uma sala. Com essa idade, os olhos da criança também normalmente estão próximos de sua cor definitiva, embora ainda possa haver mudanças sutis na cor da íris. 

O que você pode fazer 

Pergunte na maternidade ou ao pediatra nas primeiras consultas se os olhos do bebê foram examinados, para descartar doenças que acometem os recém-nascidos, como a catarata congênita e o retinoblastoma. O primeiro exame deve ser feito ainda na maternidade, pelos pediatras do berçário, que avaliam a retina com uma luz emitida por um aparelho especial. 
Estudos mostram que os bebês preferem rostos humanos a qualquer outro tipo de desenho ou imagem, portanto mantenha seu rosto perto do dele (principalmente na fase de recém-nascido) para que ele observe bem seus traços faciais. Quando a criança tem cerca de 1 mês, qualquer objeto é suficiente para hipnotizá-la -- não é preciso se preocupar em comprar brinquedos especiais para isso. Muitas vezes, sua própria mão se mexendo serve para entretê-lo (e é um brinquedo impossível de perder). Coisas simples como papel-alumínio ou um pote colorido podem ser passados diante dos olhos dela, de um lado para o outro, para treinar a técnica de acompanhar o movimento. Depois, mude o sentido do movimento para de baixo para cima e vice-versa. A maioria dos bebês só consegue acompanhar o movimento vertical sem dificuldades com 4 ou 5 meses de idade. 
Como o mencionado acima, incentive o interesse do bebê nas cores primárias e depois nos tons pastel, conforme ele vai ficando mais velho. Móbiles (pendurados fora do alcance dele), pôsteres de cores vivas e livros resistentes com ilustrações chamativas chamam bastante a atenção da criança. 

Quando se preocupar 

O pediatra costuma prestar atenção à visão do seu filho em cada consulta, desde o nascimento. A maioria das deficiências visuais pode ser corrigida se for detectada cedo; quanto mais velho fica seu bebê, mais difícil é solucionar eventuais problemas. É improvável que você consiga detectar sozinha coisas como miopia, hipermetropia e astigmatismo, mas fique de olho em dificuldades mais graves. Se seu filho não consegue fixar o olhar ou acompanhar um objeto (ou seu rosto) com os dois olhos aos 3 ou 4 meses de idade, fale com o médico. Bebês prematuros correm mais risco de ter determinados problemas visuais, como astigmatismo, miopia e estrabismo, por isso os pais e médicos devem dedicar atenção especial à visão deles. Fale com o pediatra se: 

• Seu bebê tem dificuldade para movimentar um ou os dois olhos para todas as direções 

• Seu bebê passa a maior parte do tempo "vesguinho" 

• Um ou os dois olhos do bebê tendem a ficar olhando para fora

O desenvolvimento do bebe de 1 ano





Ele já deu os esperados primeiros passos? Se não deu, logo logo vai conseguir. Se conseguir, registre o fato com fotos ou filmagens. Não precisa ficar preocupada se por enquanto seu filho só quer saber mesmo é de engatinhar -- há crianças perfeitamente normais que vão andar cinco ou seis meses depois do primeiro aniversário. 
A curiosidade da criança cresce a cada dia que passa. Ela vai querer saber, por exemplo, o que acontece se passar a mão cheia de gelatina vermelha na parede -- esse tipo de "obra de arte" vai ser cada vez mais frequente na sua vida a partir de agora. 
Como fica sua vida: bata um papinho

A comunicação com seu filho está ficando mais sofisticada. É provável que ele já saiba dizer "mamá" e "papá" e talvez alguma outra palavra que dê para reconhecer(normalmente só os pais mesmo é que reconhecem). Mas ele sabe se fazer entender até sem precisar falar.
Quando quer ir para o chão, se transforma numa minhoca e se joga para baixo. Se quer colo, puxa sua roupa. Nessa idade, a criança entende boa parte do que você diz a ela no dia-a-dia, por isso converse bastante com seu filho e aproveite para ler histórias. 

Problemas de visão 


Se seu filho parece forçar a vista para enxergar, ainda fica "vesguinho" ou tem dificuldade para olhar para todos os lados, agora é a hora da consulta ao oftalmologista. Caso você ou o pai da criança usem óculos, vale a pena também já levar seu filho pela primeira vez ao oculista. O tratamento de problemas de visão é mais eficaz quando começa cedo. Boa parte dos planos de saúde cobre o atendimento oftalmológico. 

Primeiros passos 


Um importante rito de passagem está prestes a acontecer -- em algum momento deste mês, seu filho poderá dar os primeiros passos sozinho (mas não se preocupe se isso não ocorrer ainda, já que algumas crianças demoram mais algumas semanas ou até meses para chegar lá). 
A maior parte dos bebês costuma dar os primeiros passos mais na ponta dos pés. Também por volta desta época, seu filho pode começar a se alimentar sozinho com uma colher, embora muitas vezes não acerte direito a comida na boca. 

Novas brincadeiras 


Com a coordenação motora fina mais apurada, as brincadeiras passam agora a envolver o exercício de músculos maiores. Os bebês acham muita graça em empurrar, lançar e jogar tudo no chão, e gostam de brincadeiras que envolvam tirar peças de um lugar e pôr em outro. Panelas de vários tamanhos servem para brincar de encaixar a menor dentro da maior ou simplesmente para fazer o maior barulhão. 
Algumas crianças de 1 ano conseguem ficar envolvidas em atividades mais calmas por até cinco minutos. 

Facilitando a hora do sono 


A hora da soneca do bebê é um dos raros momentos em que você tem tempo livre para descansar também ou para recarregar as baterias com alguma atividade adulta. Mas agora que se aproxima o aniversário de 1 ano seu filho pode começar a não querer mais essas sonecas. Além disso, como está cada vez mais independente, ele tende a dificultar a hora do sono noturno, "lutando" para não adormecer. 
Para evitar que isso se torne um drama, procure criar um ritual na hora de dormir. É aconselhável seguir uma rotina que leve ao momento do sono. Jantar, tomar banho, trocar de roupa, brincar com alguma coisa mais calma, ler um livro e ouvir música ao fundo são atividades em sequência que podem anteceder a hora de dormir do seu filho todos os dias. 
O que quer que você escolha, faça disso um hábito que dê à criança tempo suficiente para sossegar das emoções do dia. 
Alguns casais preferem alternar tarefas (um dá o jantar e o outro o banho) todas as noites; outros optam por deixar um só responsável pelo dia todo, ganhando "folga" no dia seguinte. 

É duro se despedir 


É provável que nos últimos meses seu filho tenha tido alguns momentos deansiedade de separação. Isso é natural. Ele a ama e depende de você, e se ressentirá na hora em que você se afastar. Para facilitar momentos como esse, quando você for deixar seu bebê com alguém diferente em casa, peça para a pessoa chegar mais cedo, assim ele tem tempo de se adaptar. 
Seja direta e rápida na hora de sair e não fique prolongando as despedidas. Saiba que, se ele chorar, as lágrimas rapidamente secarão bem rápido uma vez que você não esteja mais por perto. 
Estimule a independência do seu bebê -- não fique o tempo todo em cima dele. Quando seu filho se movimentar para outro aposento da casa, espere um pouco antes de ir atrás. E, se for você quem estiver um pouco longe dele, avise onde está, mas não precisa sair correndo cada vez que ele der um pio. 
Independência total do pai e da mãe não é a situação ideal para um bebê, então é importante que ele saiba que pode contar com você, e também por onde você anda.

Linguagem em expansão 


O vocabulário do seu filho provavelmente limita-se a poucas palavras além de "mamá", "papá" e "dá". Mas algumas crianças de 1 ano chegam a falar frases inteiras -- que mais parecem uma língua estrangeira. 
A esta altura, seu bebê é capaz de responder a perguntas simples, especialmente se você der uma forcinha com pistas e gestos. Pergunte, por exemplo, "cadê a boca do neném?" e aponte para ela. Ou tente pedir um copinho e mostre o objeto. Seu filho provavelmente responderá do seu próprio jeito. 
Aproveite a vontade de aprender do bebê e comece a ensiná-lo boas maneiras. Enfatize as palavras "por favor" e "obrigado". Faça da hora de guardar os brinquedos um momento prazeroso. Ele pode até demorar um pouco para entender como ajudar, mas nunca é cedo demais para educar. 

Dando nome aos bois 


Você é responsável por mostrar a seu filho como objetos e nomes se relacionam; quanto mais você fizer isso, mais depressa vai crescer o vocabulário dele. Fale constantemente com o bebê e diga o nome certo de cada coisa. Conte degraus ao subir uma escada e introduza os nomes e as cores das frutas no supermercado ou na feira. Leia livros ilustrados e peça à criança para identificar objetos conhecidos. 
Dê escolhas. Pergunte se seu filho quer brincar com os bloquinhos ou com as argolas. Ele pode até surpreender você com uma resposta. 


Posso colocar um GPS em meu filho?


Basta assistir um noticiário qualquer pra ficar paranóico com tantas coisas que podem acontecer. O pequeno pode ser sequestrado, se perder, fugir, se esconder. E você vai ficar simplesmente louco. Agora que já deu tanto trabalho pra fazer e criar esse pequeno, não há nada mais terrível do que imaginar a possibilidade de ficar sem ele. Eu não consigo nem imaginar essa possibilidade direito. Seria pior do que ficar sem os meus braços, minhas pernas… credo.Você pode ser solto no mundo, desencanado, despreocupado, desmiolado. Mas é só virar mãe ou pai que rapidinho toma algum juízo e passa a compartilhar o medo n. 1 entre todos os progenitores da face da terra: perder o seu filho de vista.Por isso, quando você for pai ou mãe (se já não for), em algum momento vai se perguntar se existe uma forma segura de manter o filhote sempre à vista. Ou pelo menos monitorá-lo pelo celular…

Existem algumas. A mais comum é um relógio com GPS que você coloca no bracinho da criança, como o Num8. Depois, é só rastrear por um site a localização do pequeno no Google Maps (é só ter um computador ou celular sempre à disposição). Você pode ainda delimitar a área em que seu filho pode brincar – se ele sair daquele raio, o dispositivo te  avisa. Dá pra comprar um desses por uns U$ 300 na Amazon.
Mas e se alguém tentar tirar o relógio do pulso do moleque? Também tem um dispositivo que avisa, que nem aquelas tornozeleiras de presidiário americano. O duro é conseguir correr e chegar lá a tempo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Xixi na cama!




O melhor a fazer é não encanar muito com o problema. O controle noturno da bexiga pode ser mais difícil do que se imagina, dependendo do organismo da criança. Por exemplo, se ela tiver o sono muito pesado, o corpo pode não ter aprendido ainda a despertar a tempo por causa da vontade de fazer xixi. 
Procure não dar bronca nem fazer brincadeirinhas que constranjam seu filho na frente dos outros, depois de um episódio de xixi na cama. É bem provável que ele se sinta mal o suficiente, e o ideal mesmo é mantê-lo de fralda à noite, até você perceber que a fralda permanece seca quando ele acorda, de manhã. 
Assim que ele estiver amanhecendo com a fralda seca mais de metade do tempo (por exemplo, quatro ou cinco noites numa semana), diga que vai fazer uma experiência de deixá-lo sem a fralda para dormir. 
Tente reduzir a quantidade de líquido que ele bebe antes de ir para a cama, e, antes de você ir dormir, leve-o para fazer um último xixi, mesmo que ele vá "meio dormindo". 
Para evitar prejuízos, forre o colchão com um plástico. Se ele usar uma caminha para crianças, é provável que um lado do colchão já seja impermeável. Ou então você pode procurar em lojas de materiais médicos um lençol de plástico para proteger o colchão. 
Se o xixi na cama acontecer, troque a roupa dele com calma, e diga que não há problema, que vocês vão tentar de novo na noite seguinte. 
Caso os acidentes virem uma constante, depois de vocês tentarem por cerca de duas semanas, diga a ele, de um modo direto e tranquilo, que vocês vão dar um tempo e voltar a usar a fralda para dormir, e que dali a alguns meses farão uma nova tentativa. 
Quase 50% das crianças fazem xixi na cama aos 3 anos de idade. Os especialistas consideram normal que os acidentes noturnos aconteçam até os 6 anos (isso mesmo, 6 anos!). Com 6 anos, 12% das crianças ainda deixam escapar o xixi à noite. Por isso existem tamanhos maiores de fralda, especiais para esses casos. 
A dificuldade de controlar a bexiga à noite também é hereditária. Pergunte aos avós da criança como você era na idade dela. 
Vá monitorando a situação junto com o pediatra, mencionando o assunto nas consultas de rotina. 


É verdade que não faz mal desistir por um tempo e voltar à fralda?

Existem dois sinais essenciais de que talvez esteja na hora de dar um tempo no desfraldamento: 
- Você perde a paciência toda vez que o xixi ou o cocô escapam, por mais que tente manter a calma, e isso está acabando com a paz da família. 
- Seu filho parece não ligar de estar sujo ou molhado. Faz o xixi ou o cocô na calça e fica com cara de paisagem -- às vezes parece até que é de propósito, só para irritar você. 
Quando a situação está assim, quanto mais você insistir, mais ela tende a piorar. Não tem problema voltar atrás. Seu filho não vai se sentir um fracasso por isso (e nem você deve se sentir!). Simplesmente não estava na hora. 
Pode ser que dali a algumas semanas ele se interesse de novo e vocês poderão fazer nova tentativa, com mais chance de sucesso. 
Outro motivo para justificar um tempo no desfraldamento é a criança estar sofrendo muito de prisão de ventre. Você pode voltar às fraldas em tempo integral, ou ensinar seu filho a pedir a fralda só na hora de fazer cocô. Ou manter a fralda da noite, porque aí a criança tem a chance de "aproveitar" e fazer cocô antes de dormir ou depois de acordar. 
Caso seu filho esteja ficando seco durante o dia, mas à noite o xixi sempre escape, você pode usar a tática de voltar às fraldas só durante a noite, sempre tomando cuidado em não fazer pouco do seu filho por ainda precisar da fralda para dormir. 
Vale a pena mencionar o caso para o pediatra na consulta de rotina. Exames de fezes e de urina podem garantir que não haja uma infecção urinária (comum em meninas nessa fase) ou alguma parasitose que estejam dificultando o processo. 
Caso haja prisão de ventre, é bom conversar com o médico para que ele dê orientações para uma dieta mais laxante.
Para voltar às fraldas, não é preciso fazer discurso de decepção nem dar grandes explicações. Diga a seu filho que a partir daquele dia ele vai voltar a usar fralda, e não toque mais no assunto. Avise na escola que esta foi a decisão da família e peça que os professores e funcionários a respeitem, colocando a fralda na criança, sem fazer comentários e sem chamar a atenção dos coleguinhas, para que não haja brincadeiras depreciativas. 
Mantenha essa atitude por um bom tempo. A família vai ficar mais tranquila e a criança, mais segura. Você vai ver que, conforme o tempo passa e a criança começa a observar os amigos que já largaram a fralda, ela vai voltar a demonstrar interesse na coisa. Segure a ansiedade e espere até a iniciativa partir dela. Com a colaboração dela, tudo será bem mais fácil quando vocês resolverem tentar de novo. 
Ele está falando que quer pôr a cuequinha? Ela exigiu vestir a calcinha? Vá na onda e aproveite o entusiasmo, sempre prestando atenção para não cometer os erros mais comuns do desfraldamento. 

Desfraldamento: o que não funciona


1 - Começar antes do tempo 

É verdade que não existe uma idade certa ou ideal para começar a tirar as fraldas da criança, mas a maioria começa a ficar pronta, em termos físicos e cognitivos, mais ou menos por volta dos 2 anos de idade (embora algumas só estejam preparadas bem depois de completar 3 anos). 
Use nossa lista de sinais para saber se seu filho está ou não pronto. Ele não estava, você começou mesmo assim e nada deu certo? Não tem problema. Sempre dá para voltar atrás e consertar as coisas. 

2 - Começar na hora errada 


Dar início ao treinamento perto de o irmãozinho nascer, ou de uma mudança de casa ou de escola, qualquer coisa que altere muito a rotina da criança, não é uma boa idéia. Crianças pequenas vivem de rotina, e qualquer alteração é suficiente para bagunçar o mundo e a cabeça delas. 
O melhor é esperar até a mudança já ter acontecido e a criança estar acostumada a ela. Se você já cometeu o erro e começou numa hora imprópria (e as coisas não saíram como você queria), pense se não vale a pena dar um tempo e tentar de novo quando tudo estiver mais calmo. 

3 - Forçar a barra com a criança 


Se seu filho começou a demonstrar interesse em abandonar a fralda, ótimo! Mas não faça pressão para que ele aprenda a fazer cocô e xixi no lugar certo. É duro segurar a ansiedade, mas você corre o risco de deixar a criança aflita e assustada, e tudo o que você não quer é que ela comece a segurar o cocô, o que pode levar a casos graves de prisão de ventre. 
Vá avançando no ritmo da criança, passo a passo, devagar. É claro que você pode incentivá-la com livrinhos, histórias, idas ao banheiro, cuecas e calcinhas novas. Mas não force a barra se ela não quiser. 
E não exagere nas ofertas: se você tiver de levá-la ao banheiro de hora em hora para não haver acidentes, quem está treinado é você, não seu filho! Bastará você esquecer de colocá-lo no penico ou na privada para o xixi escapar. 

4 - Ceder aos palpites da família 


A cada semana que passar vai ficar mais difícil, mas aguente firme: muita gente vai dizer que você está esperando demais para tirar a fralda dessa criança. Simplesmente ignore os palpites, e só tome a decisão de começar o desfraldamento quando tiver certeza. Lembre que para cada criança o momento em que dá aquele "clique" é diferente.
O jeito de tirar a fralda de uma criança mudou bastante nos últimos 40 anos, por mais que sua avó diga que sua mãe com 1 ano já não usava mais fralda nem mesmo à noite. Pesquisas demonstraram cientificamente que as crianças só começam a controlar os músculos da bexiga e do reto a partir de 1 ano e meio. 
Quando ouvir esse tipo de história, prepare o seu melhor sorriso e diga: "Já temos tudo planejado, não há com o que se preocupar". 

5 - Castigar a criança pelos acidentes e escapadas 


Dar bronca, ficar bravo ou botar de castigo porque a criança não está interessada no penico, recusa-se a sentar lá ou deixa escapar o xixi ou o cocô é um dos problemas mais comuns do desfraldamento, porque não dá resultado nenhum -- muito pelo contrário, pode retardar o processo ou causar problemas. 
Os acidentes fazem parte do processo. Quanto mais bronca a criança levar, menos interessada ficará em aprender: ela vai ter medo de deixar escapar de novo e levar mais bronca. Outro efeito colateral é a criança começar a segurar o cocô, o que pode levar a casos graves de prisão de ventre.
Não é fácil manter a calma no meio daquela sujeira toda. Mas conte até dez e faça o que é preciso fazer para limpar a bagunça. Lembre-se de que é só por um tempo, e logo seu filho estará treinado. 
Caso os acidentes estejam muito frequentes e você esteja com dificuldade de manter a calma, talvez seja o caso de voltar atrás e só tentar de novo quando a criança demonstrar real interesse.



Desfraldar, será que ta na hora?




Meu filho está pronto para tirar a fralda?

Parece que foi ontem que você estava trocando aquelas fraldas minúsculas de recém-nascido, e agora já está pensando se está na hora de o seu filho largar a fralda de vez! Não existe uma idade certa para aprender a fazer xixi e cocô no penico ou na privada. Mais que a idade, é preciso prestar atenção nos sinais que a criança dá. 
Só inicie o processo do desfraldamento quando seu filho mostrar que está preparado. Veja abaixo alguns desses sinais. Você não precisa ter marcado absolutamente todos para começar. Procure identificar no seu filho a vontade de se tornar mais independente. 



Sinais físicos


Anda com firmeza, e até consegue correr.
Faz bastante xixi de cada vez (e não de pouquinho em pouquinho).
Faz um cocô razoavelmente sólido, em horários mais ou menos previsíveis.
Fica "seco" por pelo menos três ou quatro horas, ou seja, os músculos da bexiga conseguem segurar a urina.



Sinais de comportamento


Consegue ficar sentado na mesma posição por entre dois e cinco minutos.
Consegue abaixar e levantar as calças.
Fica incomodado quando a fralda está suja ou molhada.
Demonstra interesse nos hábitos de higiene (gosta de observar os outros irem ao banheiro ou quer usar cueca ou calcinha).
Não demonstra resistência à idéia de usar o penico ou a privada.
Está numa fase em que gosta de colaborar, e não numa fase "do contra".



Sinais cognitivos


Consegue seguir instruções simples, como "vá pegar aquele brinquedo".
Entende que cada coisa tem o seu lugar.
Tem palavras para xixi e cocô.
Entende os sinais físicos de que está com vontade de ir ao banheiro, e consegue pedir para ir (ou até segurar a vontade um pouco).

Passo a passo para o desfraldamento:

Não é de estranhar que você não veja a hora de seu filho largar logo as fraldas. Afinal vai parecer um sonho não precisar mais trocar fralda a toda hora, sem contar a economia! Mas você sabe quanto tempo demora o processo todo do desfraldamento? 
É verdade que para algumas crianças o problema todo se resolve em poucos dias. Porém, para a maioria, é um aprendizado que pode levar meses. 
As chances de sucesso serão muito maiores se a família toda estiver bem informada e deixar bem claro para a criança o que vai acontecer. 

1 - Tenha certeza de que a criança está pronta 

Existe uma idéia mais ou menos generalizada de que a idade certa para tirar a fralda da criança é por volta dos 2 anos. Mas cada pessoa é diferente e, assim como elas aprendem a andar em momentos distintos, a hora ideal para aprender a fazer xixi e cocô no penico ou na privada pode variar muito. 
Há algumas crianças que só ficam realmente preparadas para iniciar o desfraldamento quando têm mais de 3 anos. Para saber se é o caso do seu filho, confira nossa lista de sinais de que chegou a hora. 
Se achar que seu filho não está pronto, resista à pressão da família e da escola, ou então faça uma tentativa sabendo que é provável que tenha de voltar atrás antes que o estresse se instal
e. 

2 - Providencie os equipamentos necessários 


Não é nada muito complicado: arranje um penico ou um adaptador para o vaso sanitário, um anel que evita que a criança "caia" dentro da privada. Talvez seja melhor começar com o penico: com os pés apoiados no chão, a criança vai ter mais facilidade para fazer força na hora de fazer cocô. 
Um livrinho sobre o assunto pode ajudar, mas não é essencial. 

3 - Deixe seu filho se acostumar ao penico 


Para começar, acostume seu filho a se sentar no penico uma vez por dia, mesmo que ainda sem tirar a roupa. Escolha um momento em que ele costuma fazer cocô -- depois do café da manhã, depois do almoço ou antes do banho. 
Se ele não quiser se sentar, deixe estar. Nunca force a criança a sentar no penico, nem a segure. E não force a barra se seu filho estiver assustado. As consequências no futuro podem ser bem ruins, principalmente por causa da prisão de ventre. 
Caso a criança resista a se interessar no desfraldamento, o melhor é esquecer o assunto por algumas semanas, e depois fazer uma nova tentativa. Nessa fase, não precisa nem explicar muito para que serve o penico. O objetivo é só acostumá-lo ao objeto. 

4 - Sente-o no penico sem a fralda 


Depois da fase de acostumar a criança a sentar no penico, sua meta vai ser convencê-la a sentar sem a fralda. Segure a ansiedade e deixe que ela só se sente ali, para ver como é. E comece a explicar direitinho que é isso que a mamãe e o papai fazem todo dia: sentam lá (no vaso sanitário, no caso de vocês) para fazer as necessidades. 
Se seu filho captar logo a idéia e já fizer alguma coisa, ótimo! Mas não o force a conseguir. É importante que o interesse no processo seja dele, não seu. 

5 - Explique o processo 


Uma boa idéia é mostrar para a criança para onde o cocô vai. Quando ele fizer cocô na fralda, leve a fralda suja até o penico e ponha o cocô ali, para mostrar onde é o lugar certo. Depois, esvazie o penico jogando as fezes no vaso sanitário, e dê ao seu filho o privilégio de ajudar a apertar a descarga (só se ele quiser -- há crianças que têm medo). 
Mostre também que depois é preciso vestir a roupa de novo e lavar as mãos. 

6 - Incentive seu filho 


Estimule a criança a usar o penico sempre que tiver vontade de fazer xixi ou cocô. Deixe bem claro que basta que você poderá levá-la ao banheiro. Se der, aproveite uma época de calor, que é mais favorável para o processo, e deixe-a circular pelada, com o penico bem à vista. 
Diga a seu filho que ele pode usar o penico quando quiser, e o lembre de vez em quando. 
Mas preste atenção: não adianta ficar levando a criança de hora em hora ao banheiro. Você precisa ensiná-la a pedir. Senão, na primeira oportunidade em que você esquecer de levá-la, ou estiver fazendo outra coisa, o xixi vai escapar na roupa mesmo. A comunicação e o controle do esfíncter (que variam, dependendo da maturidade de cada criança) são fundamentais para o processo de desfraldamento. 

7 - Capriche na cueca e na calcinha 


Cuecas e calcinhas de personagens ou com desenhos fazem sucesso. Você pode fazer um grande carnaval, mostrando ao seu filho como ele é grande e importante por já usar cueca (ou calcinha, no caso de meninas). 
Mas você não precisa usar a roupa de baixo bonitinha e cara o tempo todo. Arranje também umas bem baratinhas, porque os acidentes serão inevitáveis e as trocas, bem frequentes. 
Existem também fraldas de treinamento, as chamadas pull-ups. A vantagem é que elas funcionam como fraldas, mas são vestidas como uma calcinha ou cueca, portanto dá para a criança abaixar e levantar sozinha, se quiser ir ao banheiro. Muito mais fácil que abrir e fechar a fralda. O inconveniente é que elas são caras e difíceis de encontrar. Uma alternativa é ter um pacote só para sair, quando você não pode arriscar uma escapada de xixi ou cocô. 

8 - Tenha muita calma na hora dos acidentes 


As escapadas e acidentes acontecem com praticamente todas as crianças, não tem jeito. É difícil manter a calma, mas se esforce para não perder o controle. Não vale a pena castigar ou punir a criança pela escapada. Os músculos dela estão ainda aprendendo e treinando o controle das fezes e da urina, e o processo leva algum tempo. 
Quando acontecer o acidente, limpe tudo com tranquilidade e só diga ao seu filho que, da próxima vez, vai ser mais legal se ele usar o peniquinho. 
Caso os acidentes fiquem muito frequentes, tenha a sabedoria de voltar atrás sem medo ou vergonha. É possível que o organismo do seu filho ainda não esteja preparado, e é melhor voltar a tentar daí a alguns meses.
 

9 - Comece a fazer o desfraldamento noturno 


... Mas só quando a criança estiver preparada! Pode demorar -- anos até! O organismo da criança demora bastante para ser capaz de despertá-la se for necessário fazer xixi no meio da noite. 
O que você pode fazer é tentar diminuir a quantidade de líquido que seu filho toma antes de dormir, e dizer a ele que chame você se precisar ir ao banheiro durante a noite. Só se aventure a tirar a fralda noturna quando, por diversas noites seguidas, a fralda tiver amanhecido completamente seca. 
E saiba que, mesmo que tudo dê certo, um xixi na cama ou outro fazem parte da infância. 

10 - Parabéns, você conseguiu! 


Acredite. Por mais que demore, seu filho vai aprender a fazer xixi e cocô no lugar certo. E aí você não vai precisar trocar fraldas por um bom tempo -- bom, pelo menos até o próximo bebê, ou quem sabe o netinho...




sábado, 15 de setembro de 2012

Protetor solar neles!




Tem problema passar protetor solar no bebê pequenininho?


Os especialistas recomendam que só bebês acima de 6 meses usem protetor solar. Para um bebê mais novo que isso, o melhor mesmo é mantê-lo na sombra, longe do sol, e com roupas de algodão e chapéu que o protejam dos raios solares.
Mas, se não for possível ficar completamente fora do sol com seu bebê de menos de 6 meses, converse com o pediatra.
Para crianças pequenas, os protetores solares mais adequados são os com fator de proteção solar acima de 30, e que proteja contra os raios UVA e UVB. No mercado existem produtos com FPS bem mais alto, mas os médicos explicam que a proteção não muda tanto assim a partir do FPS 30.
Outra coisa a prestar atenção é a composição do produto. Há alguns que são protetores solares físicos (chamados de bloqueadores), e não químicos. Normalmente sua composição é óxido de zinco e dióxido de titânio. Eles são mais seguros porque não penetram no organismo da criança, como acontece com os químicos.
Alguns dias antes de sair com o bebê no sol, experimente passar um pouquinho do filtro solar que você comprou na parte de dentro do braço dele, e observe bem nos 20 minutos seguintes para ver se surge alguma irritação. Se aparecer, você vai precisar testar outra marca, já que a reação no corpo todo será inevitável e desagradável.

Veja como usar o filtro solar:
-Aplique uma camada grossa em todo o corpinho do bebê

--Não esqueça lugares sensíveis que tendem a queimar, como:

-o couro cabeludo, se ele tem pouco cabelo

-a linha que divide o cabelo

-o alto das orelhinhas

-a área do pescoço em torno da gola da camiseta, se ele estiver de camiseta

-a parte de cima dos pés

-Reaplique o filtro solar a cada duas horas ou se o bebê entrar na água, mesmo que o produto se diga à prova d'água

-Tire o bebê do sol no período entre 10h e 16h

-Deixe o bebê de chapéu pelo maior tempo possível

-Não se esqueça de que em dias nublados os raios UVA e UVB também agem, e o bebê pode se queimar com o mormaço.

-Mantenha o bebê sempre hidratado, com muito peito ou água, se o bebê não for amamentado.

-Mesmo com todos os cuidados, apenas dez minutos no sol forte podem ser suficientes para queimar a pele do bebê.




Meu filho acabou se queimando demais no sol. O que posso fazer?

 

Antes de qualquer coisa, dê bastante líquido à criança (para bebês de menos de 6 meses, o leite materno é a bebida ideal). É muito provável que ela fique desidratada por ter ficado muito tempo no sol.
Para aliviar o incômodo da queimadura, molhe uma fralda de pano ou gaze em água fria, retire o excesso de água e aplique devagar na área atingida por entre 10 e 15 minutos, algumas vezes por dia. Ou dê um banho de água morna para fria no bebê.
Você pode acrescentar um pouco de maisena à água ou uma colher de chá de bicarbonato de sódio, para aumentar a sensação de alívio.
O paracetamol ou algum outro analgésico infantil também podem ser dados ao bebê, na dose recomendada pelo pediatra, se o ardor estiver muito intenso. Não passe produtos oleosos na pele da criança, como vaselina, porque eles impedem que o calor e o suor sejam liberados, o que pode agravar a queimadura. Também evite sprays e produtos para queimaduras que contenham benzocaína, porque eles podem causar irritação ou reações alérgicas.

Você pode passar hidratantes à base de água ou aloe vera, específicos para bebês, para aliviar a coceira se a pele começar a descascar. Loções à base de calamina podem ser usadas, desde que não contenham cânfora. As com cânfora só podem ser aplicadas em crianças de mais de 2 anos.
A pele começa a descascar entre três e dez dias depois da queimadura. Não se assuste com um bebê tão pequeno já descascando. Faz parte do processo de cura da pele. Só tome cuidado extra com o sol, porque a pele fica mais sensível, e coloque no seu filho roupas confortáveis, de algodão.

Preciso procurar o médico por causa de uma queimadura de sol? 


Queimaduras de sol podem ser mais graves do que parecem quando se trata de bebês, por isso telefone para o médico ou marque uma consulta se estiver preocupada. Se houver bolhas, é importante procurar atendimento médico nas primeiras 24 horas após a queimadura, pois pode ser um caso mais grave de queimadura de segundo grau.
Caso seu bebê fique com bolhas cheias de líquido, não as estoure nem as cubra com curativos, porque isso pode causar infecções. O médico é a melhor pessoa para decidir se a queimadura precisa ou não de curativo.
Quando a queimadura é grave, a criança pode ter febre ou muita dor. Às vezes, ela pode estar com insolação. Se seu filho vomitar ou desmaiar, procure socorro imediatamente.


As queimaduras terão consequências mais tarde?

Sim. Há estudos indicando que a ocorrência de queimaduras graves durante a infância eleva o risco de melanoma, a forma mais grave de câncer de pele, na vida adulta. Até 80 por cento da exposição total de uma pessoa ao sol acontece nos primeiros 18 anos de vida dela, e a exposição à radiação ultravioleta do sol é a principal causa de câncer de pele.
Crianças muito brancas, loiras, ruivas ou sardentas correm maior risco de sofrer consequências mais tarde, mas os efeitos nocivos do sol também podem afetar crianças
morenas.


Como evitar as queimaduras?
Não é difícil. Evite expor seu filho ao sol entre as 10h e as 15h, quando os raios ultravioleta são mais intensos, e aplique filtro solar (só em bebês maiores de 6 meses), com fator de proteção de pelo menos 15. Bonés e chapéus de abas largas também ajudam a proteger a pele da criança.

O que eu preciso para a minha Farmacinha domestica??



Preciso ter um kit de primeiros socorros? 

Você não precisa ter exatamente um kit, daqueles comprados prontos, mas é bom manter sempre em casa uma série de remédios básicos. Não é necessário um estojo especial para guardar os remédios e materiais, mas é útil ter uma bolsinha que facilite a organização e o transporte no caso de você viajar ou passar o dia fora. A farmacinha precisa ficar longe do alcance do bebê e de outras crianças da casa. 

Números de emergência

Um dos itens mais importantes além da farmacinha doméstica é a lista de telefones de emergência. Tenha duas cópias: uma num lugar bem visível da casa, como a porta da geladeira, por exemplo, e outra dentro da sua carteira. A lista de números deve ter:

• Telefones do pediatra (consultório e celular, se possível)

• Número da carteirinha do plano de saúde do bebê

• Endereço do hospital mais próximo

• Nomes e telefones de dois vizinhos ou familiares que morem perto (para o caso de você precisar de ajuda, como tomar conta de um dos filhos ou uma carona até o hospital).

• Números de emergência (Bombeiros, informações sobre intoxicação etc). 

O que sua farmacinha deve ter 

• Termômetro

• Analgésico/antitérmico líquido ou em gotas. Já pergunte na consulta de rotina com o pediatra qual tipo usar, qual a dose e em que situações você pode dar esses medicamentos à criança. Normalmente os médicos indicam o paracetamol para crianças menores de 6 meses. Deixe o remédio sempre fora do alcance das crianças, e verifique regularmente o prazo de validade.

• Colher medidora para preparar soro caseiro ou soro em pó (procure em farmácias ou postos de saúde).

• Loção ou creme para picadas de inseto ou queimaduras de sol, recomendados pelo pediatra para a idade do seu filho. Lembre-se de que crianças de menos de 2 anos não podem usar produtos que contenham cânfora, ingrediente comum nesse tipo de loção ou pomada.

• Líquido bactericida (por exemplo os à base de clorexidina) ou água oxigenada para limpeza de cortes e machucados.

• Curativos adesivos para machucados.

• Embalagens pequenas de compressas de gaze.

• Um rolo de atadura de gaze.

• Um rolo de esparadrapo antialérgico ou fita microporo.

• Uma tesoura afiada para cortar a gaze.

• Pinça para retirar ferrões ou farpas.

• Soro fisiológico

• Solução nasal à base de cloreto de sódio e sem conservantes.

• Protetor solar infantil (não recomendado para bebês com menos de 6 meses).

• Repelente de insetos infantil (consultar o pediatra para saber a partir de que idade usar).

• Seringa, conta-gotas, colher ou copinho com medição para administrar remédios para crianças.

• Se seu filho tem asma ou é alérgico a insetos ou a alimentos como amendoim, castanhas ou frutos do mar, é muito importante carregar sempre com você o remédio receitado pelo médico para o caso de emergência, e manter outra caixa na sua farmácia doméstica. Verifique com frequência o prazo de validade. Converse detalhadamente com o pediatra para saber qual remédio usar em cada tipo de situação.

• Outros medicamentos: pergunte ao pediatra se ele recomenda algum medicamento específico para você ter em casa. Alguns médicos orientam famílias a manter em casa supositórios de antitérmico, para febres muito altas em que a criança esteja vomitando, por exemplo. Um remédio antigases como a simeticona também pode ser útil numa dor de barriga no meio da madrugada.


Preciso ter mais de um kit de remédios? 



Depende do seu estilo de vida. Se você sai muito com seu filho e passa o dia todo fora, por exemplo, pode querer ter uma "minifarmácia" na bolsa. Dá para montar um segundo kit na casa dos avós, por exemplo, ou numa casa de lazer, como sítio ou praia. Não se esqueça de deixar tudo longe das mãozinhas curiosas e sempre em um local bem ventilado.



A Amamentação prolongada








Questão de costume

Amamentar uma criança de mais de 1 ano, que já anda, é uma coisa normal, saudável e absolutamente comum em várias partes do mundo. No Ocidente, porém, a prática costuma enfrentar alguma oposição, e é provável que você tenha de aturar o olhar enviesado de amigos, familiares e até de pessoas que você nem conhece.
Os benefícios emocionais e físicos da amamentação prolongada são muitos, por isso não deixe que a pressão dos outros para você parar de dar de mamar saia ganhando. Pense bem no assunto, pese os prós e os contras e só pare de dar o peito quando achar que chegou a hora, para você e para o seu filho.
Não existe hora certa de desmamar: a decisão deve ser tomada em conjunto com o pediatra, levando em conta a situação de cada criança e de cada família. São fatores a ser considerados: o desenvolvimento físico da criança, a facilidade de aceitar outros alimentos, a disponibilidade da mãe, por exemplo.


Por que é bom amamentar depois de 1 ano de idade

- Apesar de a criança já estar obtendo a maioria dos nutrientes de que precisa da comida, o leite materno ainda proporciona uma boa quantidade de calorias, vitaminas, enzimas e substâncias que elevam a imunidade. Estudos mostram que crianças de mais de 1 ano que mamam no peito ficam doentes com menos frequência que as que não são amamentadas.

- A amamentação oferece aconchego e segurança à criança. Em vez de ela ficar mais dependente de você, essa proximidade entre vocês dois a ajuda a conquistar uma maior independência, à medida que se sente mais segura de si, em termos emocionais. Desmamar a criança antes da hora pode torná-la mais apegada, justamente o contrário do que seria de imaginar.

- Quando a criança fica doente, o leite materno é muito mais digerível que qualquer outro alimento, e é uma ótima forma de evitar a desidratação em caso de vômitos e diarreia, tão comuns naquelas viroses chatas. E você ainda sente que está fazendo alguma coisa concreta para ajudá-la a melhorar. Uma das piores coisas de ver o filho doente é a sensação de impotência.

- Na hora de viajar ou de sair de casa, é bem mais fácil não ter de carregar o leite nem ter de se preocupar em comprá-lo quando chegar. E o aconchego de mamar no peito é excelente para ajudar seu filho a se adaptar melhor a um ambiente estranho.

- Talvez você consiga passar mais tempo sem menstruar, livre de cólicas e da famigerada TPM. Mas não se esqueça de que não dá para confiar na amamentação como meio de evitar uma nova gravidez, principalmente quando a criança já tem mais de 6 meses, e já come outros alimentos. É melhor usar algum outro meio de contracepção, como o preservativo ou uma pílula adequada para o período da amamentação, se você não quer outro bebê agora.

- Desmamar seu filho no momento em que ele dá sinais de que está pronto é um processo mais natural, menos arbitrário. Dar de mamar no peito mesmo depois do primeiro aniversário era um hábito comum no mundo antes da invenção dos leites especiais e fórmulas infantis, e em algumas culturas continua sendo. Além disso, o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde recomendam oficialmente que o aleitamento seja mantido até 2 anos de idade ou mais.


Por que pode ser difícil amamentar seu filho de mais de 1 ano
- Pessoas que consideram "estranho" dar de mamar a uma criança maiorzinha podem ser indiscretas e até fazer comentários grosseiros para você. Se você quiser evitar que isso aconteça, talvez tenha que acabar evitando amamentar em público. Não dá para evitar os olhares tortos quando seu filho levanta a sua blusa no meio do supermercado porque está com fome.

- Há pessoas que dizem que fica mais complicado desmamar a criança quando ela é mais velha. Crianças de 2 anos são bastante voluntariosas, portanto é difícil não levar em conta potenciais escândalos ou berreiros porque a mãe não quer dar o peito.

É claro que você vai conseguir desmamar seu filho quando quiser, mas, se for fazer isso, talvez tenha que apelar a truques como distraí-lo com outros lanchinhos ou com alguma atividade interessante na hora em que ele quiser mamar. O processo pode não ser tão simples, em especial quando a criança passa por alguma fase de estresse, como uma doença, o nascimento dos molares ou uma mudança na escola.

- Existe a possibilidade de a criança recorrer ao seio quando na verdade só está entediada, ou então quer chamar sua atenção. Você pode descobrir outras formas de interagir com seu filho. Nessa idade, as crianças estão loucas para explorar o mundo e precisam de muito estímulo para se desenvolver.

- Dar de mamar grávida é possível, mas para algumas mulheres pode ser física ou emocionalmente difícil.


Como amamentar por mais tempo sem estresse
- Se os comentários maldosos ou olhares tortos a incomodarem, você pode tentar dar de mamar em casa, antes de ir ao parquinho ou ao supermercado. Para algumas mães, o que funciona melhor é determinar horários para as mamadas no peito: de manhã cedinho, antes da soneca de depois do almoço ou na hora de dormir. No resto do tempo, a criança pode beber líquidos em um copo.

- Se você não está nem aí para os outros, aproveite e devolva na lata as perguntas indiscretas que lhe fizerem. "Ela ainda mama no peito?" "Mama." E ponto final. Ou, se alguém perguntar: "Você não vai parar de dar o peito para ele?", responda, por exemplo: "Vou sim, daqui a dez minutos, quando ele estiver satisfeito".

- Você pode criar uma palavra-código, um apelido bonitinho para mamar no peito. Assim vocês não vão chamar tanto a atenção se ele gritar pedindo o "peitinho" ou a "teta" no meio do restaurante.

- Se você está grávida e quer continuar amamentando, prepare-se para enfrentar a redução na sua produção de leite, causada pelas mudanças hormonais do organismo. Mas há mulheres que conseguem dar de mamar tanto ao recém-nascido quanto ao irmão mais velho. Você vai precisar de mais tempo e paciência. E capriche na sua alimentação e no consumo de líquidos.