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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Síndrome de Down


 QUAL É O MELHOR TIPO DE ESCOLA PARA UMA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN?

Os pais, com justa razão, muitas vezes não sabem se o melhor é matriculá-los numa escola regular ou especial
Os pais de crianças com síndrome de Down se defrontam com alguns dilemas quando seus filhos atingem a idade de freqüentar a escola. Se questionam se devem ou não colocá-los numa escola e se essa escola deve ser regular ou especial. "A entrada dos filhos na escola, tanto na educação infantil quanto no ensino fundamental, representam momentos marcantes para seus pais", explica Fernanda Travassos Rodriguez, psicóloga, terapeuta de família e doutoranda em psicologia clínica na PUC do Rio de Janeiro. "Suscita temores ligados a adaptação e proteção", acrescenta.
Entretanto, é importante lembrar, esses dois momentos são distintos e geram ansiedades especificas. "Porém, sabe-se que quando a inclusão é bem feita, a socialização começa a se dar de maneira muito fluida", conta. Fernanda Travassos lembra que o nosso modelo de educação tem um padrão que não contribui muito para a inclusão. "Mas com freqüência percebemos boas experiências de inclusão em escolas consideradas ‘alternativas’, são as escolas construtivistas, a montessorianas, e outras", explica.
De acordo com a psicóloga, as duas opções apresentam lados positivos e negativos. Ela explica: "Se de um lado a criança portadora da síndrome de Down tem muito a ganhar em termos sócios afetivos permanecendo no ensino regular, na maioria das vezes, estas escolas têm poucas alternativas para oferecer a estes alunos na apreensão dos conteúdos em sala de aula. Em contraste, as escolas especiais que, cada vez mais são escassas, no entanto, foca-se mais no seu aprendizado formal, usando ferramentas adequadas para a sua aprendizagem".
Fernanda Travassos enfatiza que é no ensino fundamental, quando este é desenvolvido numa escola regular, que os problemas se tornam mais evidentes. "É que a partir do ensino fundamental, quando a criança deve apreender muitos novos conteúdos escolares e, na maioria das vezes, as turmas das escolas regulares são grandes, não permitindo que o professor de uma atenção especializada ao aluno".
Diante do exposto, a pergunta que se coloca é: por qual escola então optar?. Fernanda Travessos alerta que não existe uma "receita de bolo" para estes casos. Ela tem razão pois as crianças com síndrome de Down, assim como outra criança qualquer, são muito diferentes entre si, tanto acerca de sua personalidade quanto em relação aos diversos e variados interesses e habilidades. Esses aspectos devem ser considerados pelos pais na hora da fecharem sua decisão.
"Algumas vezes aconselhamos uma mescla destes modelos", diz a psicóloga. Porém, quando os pais não conseguem escolher e sentem um peso muito grande sobre a sua responsabilidade, argumentando de forma legítima que não são especialistas em educação, eles devem buscar um profissional qualificado da área de psicologia ou pedagogia para que os ajude a fazer essa opção de forma coerente com o seu modelo de família e levando em conta a singularidade de seu próprio filho. "Uma experiência exitosa para um amiguinho pode ser desastrosa para o seu próprio filho, visto que cada indivíduo portador ou não de síndrome de Down é única", ressalta Fernanda Travassos.

Sangramento nasal


O bebê cresce, se torna uma criança e um fato passa a ocorrer com certa frequência: a perda de sangue pelo nariz, chamada de epistaxe, assim como conhecido pela área médica. O sangramento nasal normalmente é mais assustador do que grave.
Pelo fato de o nariz ser uma região muito vascularizada, é comum haver sangramento. O nariz tem basicamente três funções no corpo humano: umidificar, aquecer e filtrar o ar que é levado aos pulmões. Raro em crianças com menos de 2 anos de idade, o sangramento é mais freqüente entre os 8 e 13 anos.
Os vilões do nariz são bem conhecidos. Entre os problemas principais podemos citar o ato de cutucar o nariz com o dedo, colocar objetos estranhos dentro das narinas, infecções respiratórias que provocam feridas no nariz, inalação de fumaça ou agentes químicos como fósforo, tintas, amoníaco e gasolina.
Condições de ar muito frio ou ressecado, como ambientes com ar condicionado, ou regiões muito secas ressecam a mucosa nasal, deixando a região mais propícia para os sangramentos.
Crianças com rinite têm a região nasal mais sensível e inchada. E durante o coçar ou assoar o nariz repetidamente pode ocasionar mais facilmente o sangramento. O sangramento pode até ser pequeno, mas como a região é muito vascularizada o sangue pode manchar muitos panos e algodão até ser estancado. Até por isso assusta tanto.
Cuidados - A epistaxe é considerada grave nas crianças quando o sangramento acontece após um trauma da cabeça. Nesse caso, deve-se levar a criança imediatamente ao médico ou pronto-socorro. Se o trauma for no nariz, o sangramento não é tão grave como o traumatismo da cabeça, mas a criança deve ser levada imediatamente ao médico também.
Para estancar o sangramento, deixe a criança sentada e incline a cabeça para frente pressionando firmemente com os dedos as narinas durante 10 a 15 min. Faça compressa gelada na região do nariz para ajudar a coagular o sangue (coloque gelo embrulhado em um pano).
Caso o sangramento não estanque com essas medidas ou o sangramento se torne freqüente, leve a criança ao médico para este fazer uma melhor avaliação do caso.
Outras causas mais raras de sangramentos nasais em crianças são doenças hematológicas (do sangue), tumores e pólipos nasais e pressão sanguínea alta.
Dicas
Evite deixar ou dar à criança brinquedos que contenham peças pequenas que podem ser colocadas nas narinas.
Mantenha as unhas da criança sempre bem cortadas para no caso delas coçarem ou cutucarem o nariz tenham menos chances de lesar a região.
Caso a região que resida a criança seja muito seca, tentar manter o ambiente mais úmido para as narinas das crianças não ressequem e sangrem.

Menos refrigerantes para as crianças


Um dado apresentado por pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, revelou algo que muitos já imaginavam, infelizmente. O brasileiro está cada vez menos comendo arroz e feijão. Para piorar, o povo está cada vez mais consumindo refrigerante e cerveja.



A pesquisa foi divulgada em dezembro de 2010, conforme coleta de informações entre maio de 2008 e maio de 2009.Essa pesquisa não é direcionada às crianças, mas seus efeitos poderão ser facilmente ligados ao público infantil. A razão é simples: pais que se alimentam inadequadamente geralmente oferecem uma refeição saudável aos filhos. Isso não significa que se o pai ingere cerveja, o filho também consumirá. Longe disso.Mas a criança é uma "esponjinha" dos pais. Ou seja: tendem a copiar as atitudes dos pais. Se o pequeno sentar à mesa e notar que os pais comem com gosto uma maçã ou uma salada bem temperada ou então bebem um suco de laranja fresquinho, a chance de a criança se interessar por esses hábitos saudáveis é grande.Agora um pai que traz refrigerante ou alimentos "engordativos" para casa estará contribuindo para alimentação ruim das crianças.Tudo bem, de vez em quando é uma delícia beber refrigerante. É barato, fácil de encontrar e prático para beber (não precisa descascar ou coar), e é ótimo acompanhamento para pizzas e outras coisas. Mas o consumo diário de refrigerante é prejudicial às crianças.Um copo cheio de refrigerante, por exemplo, contém em média de 80 a 100 calorias. Uma bomba principalmente para crianças com problemas ligados à obesidade.É verdade que um copo com suco de laranja é tanto quanto calórico (90 calorias, em média), mas o suco fornece inúmeras propriedades nutritivas, como vitaminas e minerais. O refrigerante é paupérrimo em nutrientes.O excesso de refrigerantes pode aumentar o risco de diabetes tipo 2, devido à grande quantidade de açúcar. Não à toa, a obesidade e diabetes tipo 2 aumentaram nos Estados Unidos, maiores consumidores de refrigerante.Lembrem-se, pais: seu filho vê você como um "super-heroi". O que você fizer ele certamente achará o máximo. Portanto, não seria interessante você dar bons exemplos alimentares ao seu filho?


Atividade Física


O esporte na vida da criança

O fascínio por alguns esportes fazem a alegria dos brasileiros. E a prática esportiva é um excelente estímulo para a criança ocupar a mente e desenvolver o corpo.
O celeiro de um futuro campeão sugere uma série de cuidados específicos, e o primeiro cuidado é exatamente o de saber qual o esporte ideal para o seu filho poder se dedicar. Alguns esportes de contato físico, como o judô e o tae kwon do, e esportes coletivos em geral, não são recomendados para crianças muito pequenas. O ideal é deixá-la desenvolver primeiro os esportes básicos, como natação, atletismo e ginástica, que vão ajudar a desenvolver seu corpo e podem até servir de base para o desenvolvimento de esportes mais específicos no futuro.
No caso dos pais também praticarem um determinado esporte, o corujismo acaba direcionando o filho a seguir os passos paternos, às vezes, até de forma inconsciente. Por mais que seja difícil evitar a influência, é sempre bom deixar a criança escolher que modalidade desperta mais sua atenção - evidentemente, a prática dos pais acaba servindo de propaganda, mas é sempre bom deixar a criança escolher.
Exemplos não faltam no esporte para servir de exemplo. A dona-de-casa americana Debora Phelps fez ginástica rítmica na faculdade, e acabou se casando com um jogador de futebol americano universitário. Dos seus três filhos, nenhum seguiu o esporte do pai, nem da mãe, e desde que observou que seus pequenos gostavam mesmo era de piscina, Debora fez todo o possível e o necessário para fazer deles bons nadadores. Deu certo, suas filhas são os destaques dos times juvenis de natação dos Estados Unidos, e seu filho, Micheal Phelps acaba de voltar da Olimpíada de Atenas com seis medalhas de ouro e vários recordes mundiais superados.
Mas há exemplos em que a influência direta dos pais podem ser benéfica. A natação, por exemplo, é ótima para ajudar crianças com problemas respiratórios. O judô também pode ajudar crianças com pouca massa muscular a fortalecer seu corpo. Nesses casos, o direcionamento da criança para um esporte específico causado por motivos de saúde pode acabar estimulando a mesma a buscar uma performance, não só seguir por simples ordem médica. Fernando Scherer, o Xuxa, é um exemplo de criança que começou a nadar devido a problemas respiratórios e acabou se tornando um dos melhores velocistas do mundo nas piscinas.
O mais importante é manter o esporte como forma de ocupação e desenvolvimento da criança. Se ela vai ou não se destacar na sua modalidade só o tempo e as conseqüências podem dizer. Se os treinos não servirem para que ela alcance grandes performances, ao menos podem torná-la mais saudável física e mentalmente, e menos suscetível ao mundo das drogas, entre outros problemas sociais.
E, no fim das contas, para o papai e a mamãe coruja, o filhão será sempre um grande campeão.


Natação Infantil

Natação Infantil: um hábito saudável
Desde cedo as crianças devem ser incentivadas a exercerem alguma atividade física. As vantagens de um esporte iniciado logo cedo são inúmeras. A natação é uma excelente dica ao público infantil.Você quer saber alguns dos benefícios proporcionados pelas atividades físicas? Então vamos lá: melhora a capacidade cardiorrespiratória, o tônus, a coordenação, o equilíbrio, a agilidade, a força, a velocidade, desenvolve habilidades psicomotoras como a lateralidade, as percepções tátil, auditiva e visual, as noções espacial, temporal e de ritmo, sociabilidade e autoconfiança.Não podemos nos esquecer de um aspecto fundamental: a criança não deve ser obrigada a fazer aquilo que não gosta. Deixe que ela escolha a sua atividade física. Segundo a Academia Americana de Pediatria, 75% das crianças obrigadas a fazer esportes de que não gostam, até os 15 anos, param de praticar e ficam sedentárias.A natação é o esporte que pode fazer parte da vida da criança logo nos primeiros meses. É praticada de forma lúdica e recreativa, sem compromisso com as técnicas, para uma adaptação ao meio líquido.Esse esporte contribui para desenvolvimento do ser humano integral, nos aspectos cognitivo, emocional e social. Também é incontestável a eficácia e a eficiência da natação para a melhoria do aspecto físico e da postura essenciais para o desenvolvimento motor do bebê.Na natação, a criança pode experimentar os movimentos novos que aprende sem traumas de um tombo como rolar, movimentar perninhas e bracinhos. Além de tudo, é um meio aconchegante oferecido pela água morna.Companheiro - As crianças precisam da presença de um acompanhante nas aulas, alguém que a criança confie. Essa relação de confiança é de fundamental importância para o desenvolvimento afetivo do bebê. Além disso, as crianças aprendem com mais segurança, sem medo do desconhecido.A importância da natação para a formação de sua personalidade e inteligência é algo que não se pode negar. Com os colegas na piscina, aprendem que cada um tem sua vez e todos são importantes.Crianças iniciadas em um programa de adaptação ao meio líquido em idade pré-escolar têm um rendimento mais satisfatório em seu processo de alfabetização.Não é de se espantar quando se fala que a natação é um esporte completo. Esse esporte também melhora a resistência do organismo e ajuda na prevenção e recuperação de doenças como asma, bronquite e problemas ortopédicos.Quando o bebê estiver com febre, diarréia ou vômito, reações vacinais ou dores de ouvido não o leve para a aula de natação. Agasalhe sempre as crianças antes e depois das aulas.Os pais não devem matricular seus bebês nas aulas de natação com o objetivo de formarem campeões, mas sim pela formação de um hábito que lhe renderão boa saúde para sempre. A medalha de campeão em saúde ninguém tirará de seu filho.






4 anos


O que uma criança de quatro anos consegue fazer?

Inicia-se uma fase delicada, as crianças começam a descobrir e sentir medos.

A criança de 4 anos já dá sinais claros da sua independência, escolhendo uma roupa, se vestindo sozinha, escovando os dentes. Ela já não precisa da sua mãe para tudo. Conhece muito bem sua rotina e, normalmente, nem precisa receber ordens para colocar o pijama antes de ir para a cama, por exemplo.Em geral, sua relação com outras crianças é boa, já que na escola aprende a compartilhar, trabalhar em grupo e ajudar o outro.Já reconhece algumas letras do alfabeto e pode identificar seu nome escrito em uma folha de papel.Nessa fase, é possível notar que a sensibilidade dos pequenos é maior. Eles já se dão conta dos sentimentos dos outros e notam quando a mãe está triste, o irmão assustado e o pai de mal humor. São capazes até de dar carinho, cuidar, quando notam que alguém está chateado. Seu senso de humor também é ótimo e a criança faz palhaçadas para fazer os outros rirem.A fase das curiosidades ainda não passou e agora eles querem saber sobre questões mais complicadas como o nascimento e a morte.Infelizmente, nessa etapa, aparecem os medos infantis. Primeiro, se assustam com os monstros, com o escuro, e com o tempo, esses medos passam a ser abstratos, como o medo da morte e o medo de errar.

Como estimular a criança de quatro anos?

Continue reservando um tempo do seu dia para seu filho. Ele ainda precisa muito da sua companhia, da sua aprovação e da sua atenção.

Quando ele aparecer vestido de manhã ou guardar os brinquedos sem você mandar, parabenize-o pela sua iniciativa e diga o quanto é importante ele cooperar. Para encorajá-lo a fazer as coisas sozinho, deixe tudo em lugares acessíveis. Coloque objetos que ele usa com frequência onde possa alcançar - copos, pratos, talheres, suas frutas preferidas, xampu, escova e pasta de dente.Mesmo que ele faça uma tremenda bagunça tomando banho sozinho e você prefira supervisionar o banho, resista à tentação de reclamar e, ao invés disso, diga como você está orgulhosa com o seu esforço.Lembre-se que educar não é uma tarefa fácil. Repreender a criança pelos seus atos, bater, gritar e pôr de castigo não vai resolver o problema. O melhor caminho é conversar e explicar a consequência de seus atos.Já que seu interesse pelo alfabeto cresce a cada dia, brinque de achar palavras que rimem com outras e de dizer palavras que comecem com a mesma letra do nome da criança. “Joana começa com J. Qual a parte do corpo que também começa com essa letra?”.Como as perguntas que eles fazem ficam cada vez mais difíceis, tenha certeza que está passando informações coerentes com a realidade e use o seu bom senso para falar sobre os assuntos mais delicados. Lembre-se que a melhor maneira de descobrir o mundo é através de brincadeiras, leitura e passeios. 


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Como lidar com os MEDOS


Os medos sempre fizeram parte de todos nós, adultos e crianças, ainda mais nos dias de hoje em que a violência e o perigo estão em toda parte e a qualquer hora do dia e da noite.


Parece haver competição entre a mídia para ver quem dará a notícia mais tenebrosa e em primeira mão. Com isso, a criança fica totalmente exposta às cenas mais chocantes, sentindo-se indefesa e fragilizada, principalmente quando percebe o terror estampado na face dos adultos e em seus comentários.
Para a criança, a descoberta do mundo traz muitas incertezas e ameaças. Tudo é muito novo e, portanto, desconhecido. Por este motivo, necessita tanto do acolhimento dos pais, com compreensão e amor nos momentos de angústia e de medo.
Os temores surgem desde o nascimento e vão mudando durante a evolução infantil, porque a criança vai agir de acordo com as vivências passadas, boas e más. Sendo assim, começam quando o bebê não se sente bem amparado no colo, ao ouvir ruídos altos e repentinos.
Entre sete e doze meses, o bebê pode sentir medo ao se deparar com estranhos ou em situações e coisas que não lhe são familiares.
Entre dois e três anos, o medo de animais, lugares escuros, separação dos pais, estímulos intensos como sirenes, trovões, bem como, máscaras e fantasias muito coloridas, como de palhaços e papai noel, que não fazem parte do seu dia a dia.
Interessante ressaltar que é mais comum o medo do escuro ocorrer após os três anos e quanto mais idade mais se acentua, fazendo com que a criança se perceba mais vulnerável e menos confiante para enfrentá-lo.
Sem serem superprotetores, os pais podem e devem ajudar seu filho a superar seus medos, incentivando-o a expressar seus sentimentos, demonstrando confiança em que conseguirá força e coragem  para isso. Vale ressaltar que, para o sucesso do empreendimento, os pais também precisam lidar com seus próprios medos e controlá-los.
Não se pode ignorar que o medo exagerado provoca infelicidade e sofrimento, atrapalha o desenvolvimento emocional da criança e tampouco tentar evitar que ela se depare com o objeto temido. Gradualmente, pode-se aproximá-la dele, respeitando sempre o limite imposto por ela, sem trauma, e preferencialmente tentar quando outra criança de idade equivalente estiver perto do objeto, sem demonstrar medo.
Não se pode esquecer que o medo também é benéfico, uma vez que nos afasta do perigo real. Mas a criança pequena, entre dois e três anos, vive num mundo todo seu, mágico, onde tudo é possível e onde não consegue discernir a realidade da fantasia. Desta forma, os pais devem estar sempre alertas para evitar que se machuquem, porque a curiosidade própria da idade vai fazê-la se envolver em situações mais arriscadas.
Muitos medos vão se perder pelo caminho com o passar do tempo e com a maturidade. Conforme a criança se acostuma e passa a confiar no ambiente que a cerca, vai se sentindo mais capaz, com mais recursos internos para superar certos temores.
Se os eventos que a traumatizaram permanecerem num passado cada vez mais distante, ou seja, se não se repetirem, o medo poderá enfraquecer aos poucos. Mas não é tão simples assim. O sucesso depende do tipo de personalidade da criança, dos pais, do ambiente em que ela vive também.
Muitos pais evitam contar histórias para seus filhos, pois creem que as bruxas, os monstros, irão intensificar os medos infantis.
Enganam-se, uma vez que os contos de fadas oferecem à criança alternativas para lidarem com seus temores, pois as fadas e os príncipes sempre aparecem  para destruir o mal.
Para que a criança se fortaleça e se sinta menos impotente e vulnerável, é preciso que os pais incentivem-na a transpor obstáculos em geral, elogiando e valorizando cada conquista sua.
Mas lembrem-se: sem cobranças, sem apressar o desenvolvimento natural, sem antes a criança sinalizar que está preparada para o sucesso e, principalmente, para o fracasso momentâneo.

O mundo do faz de contas


As fantasias infantis


A partir do segundo ano de vida a criança passa a viver num mundo de faz-de-conta, paralelo ao mundo real, e que é repleto de seres imaginários.Como o mundo real ainda lhe é difícil de ser assimilado e aceito, ela cria o seu próprio universo, onde tudo é possível e tem solução. É a fase do pensamento mágico e das projeções.Nesse seu universo habitam super-heróis, mitos, fadas e monstros, capazes de brincar com ela, bem como fazê-la rir, sentir medo e chorar e, acima de tudo, ajudá-la a se desenvolver.Como toda fase, um dia passa; para uns mais cedo, para outros mais tarde. Porém, é esperado que, por volta dos seis, sete anos de idade isso tenha terminado, uma vez que já terão se desenvolvido várias funções como a memória, a lógica e a inteligência.Surge, então, na criança, uma ansiedade tão intensa e aflitiva, que não tem necessariamente relação com qualquer experiência assustadora anterior e cuja origem vai ao encontro do momento de vida que atingiu, quando se inicia a retirada das fraldas e o treino ao penico, o que significa que deve assumir o controle do próprio corpo.Isto é muito angustiante, pois o fracasso significa decepcionar as figuras parentais que lhe são tão significativas e por quem ainda é tão dependente física e emocionalmente.A criança expressa seus conflitos através do medo do escuro, de estranhos, de situações novas, do trovão, relâmpago, vento e outros temores que não se constituem fobias. Sente-se fragilizada diante de emoções desconhecidas e que não consegue dominar e compreender.Daí a necessidade de criar um universo só seu. Na sua lógica, se os super-heróis conseguem subjugar o mal, ela também consegue; ou seja, se eles resolvem seus conflitos, ela também pode fazê-lo. Esses pensamentos mágicos lhe dão um sentido de poder muito forte e contribui para diminuir a sensação de fraqueza e de impotência diante dos adultos.Assim, ela atribui vida aos objetos e brinquedos, depositando neles seus próprios sentimentos (projeções). É o ursinho de pelúcia que está com raiva porque a mãe brigou com ele ou o soldadinho está triste porque o pai dele foi trabalhar e não o levou junto... enfim, a criança brinca com os bonecos e bichos de pelúcia, como se fossem pessoas de verdade. Desta maneira, ela se liberta, sem culpa, de seus sentimentos negativos, ao expressá-los através dos brinquedos e objetos.
Neste momento, faz-se necessário o redobrar de cuidados, principalmente com janelas ou objetos que ofereçam perigo, pois a criança pode se sentir tentada a imitar o modo de atuar de seus personagens.
Por volta dos três anos, a criança inventa um companheiro imaginário para conversar e brincar. Geralmente este personagem é bom, prestativo e é dirigido e comandado por ela, o que lhe dá uma sensação de controle e poder.Apesar dos monstros serem figuras aterradoras, os pais não precisam se alarmar, pois justamente por serem criaturas do mal sempre acabam derrotados nas histórias e nos desenhos.Dentre os mitos, os mais simpáticos e bonzinhos são o Papai Noel e o Coelhinho da Páscoa, pois lhe dão presentes, o que fortalece e enriquece seu senso de auto-estima, por se sentir uma pessoa importante.Assim, acreditar em Papai Noel é um dos mais significativos encantos infantis e nenhum adulto deve quebrá-lo. Ele é o símbolo do pai bom, compreensivo, amoroso e um notável substituto do pai biológico por ocasião do Natal, principalmente para a criança que não o tem presente na vida cotidiana.Todas estas fantasias têm a função de equilibrar emocionalmente a criança, permitindo a elaboração e dissipação da angústia e o aplacamento da ansiedade. Funcionam, inclusive, como um processo de autodefesa e de auto-afirmação.Através do faz-de-conta, a criança aprende também a entender o ponto de vista de outra pessoa, desenvolve habilidades na solução de problemas sociais e a torna mais criativa, acelerando seu desenvolvimento intelectual.Esta é, portanto, uma etapa fundamental do desenvolvimento infantil, pois é através dela que a criança tenta elaborar seus conflitos e organizar simbolicamente o mundo real.Os pais não devem participar ativamente do imaginário mirim, nem incentivar ou reprimir. Com o tempo vai declinando de intensidade até desaparecer por completo, como se nunca tivesse existido. Geralmente coincide com um maior domínio da linguagem e com a abertura de novos caminhos para a descarga emocional da criança.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Autismo



Como identificar o autismo na infância.

 O autismo é um transtorno infantil que pode acontecer mais em meninos que em meninas. As habilidades de uma criança autista podem ser altas ou baixas, dependendo tanto do nível de coeficiente intelectual, como da capacidade de comunicação verbal.

Quais são as causas do autismo?


As causas do autismo ainda são desconhecidas. Mas existem algumas teorias:
1. As reações da criança autista e seu ambiente e meio social. Fala-se que o autista é assim porque não recebeu afetividade quando era pequeno. Que teve pais distantes, frios e demasiadamente intelectuais.
2. Deficiências e anormalidades cognitivas. Parece existir alguma base neurológica ainda que não esteja comprovada.
3. Certos processos bioquímicos básicos. Foi encontrado um excesso de secreção de serotonina nas plaquetas dos autistas.

Perfil de uma criança autista



Uma criança autista tem um “olhar que não olha”, mas que traspassa. No lactante, pode-se observar um balbuceio monótono do som, balbuceio tardio, e uma falta de contato com seu ambiente, assim como de uma linguagem gestual. Não segue a mãe e pode distrair-se com um objeto sem saber para que serve.
Na etapa pré-escolar se mostra estranho, não fala. Custa-lhe assumir-se e identificar aos demais. Não mostra contato de forma alguma. Podem apresentar condutas agressivas inclusive consigo mesma. Outra característica do autismo é a tendência a realizar atividades de maneira repetitiva. A criança autista pode dar voltas como um pião, fazer movimentos rítmicos com seu corpo tal como agitar os braços.
Os autistas com alto nível funcional podem repetir os comerciais de televisão ou realizar rituais complexos ao deitar-se para dormir. Na adolescência, fala-se que 1/3 dos autistas podem sofrer ataques epiléticos o qual se faz pensar em uma causa nervosa.

Um resumo dos sintomas que podem indicar que uma criança seja autista:


- Acentuada falta de reconhecimento da existência ou dos sentimentos dos demais. 
- Ausência de busca de consolo em momentos de aflição.
- Ausência de capacidade de imitação.
- Ausência de relação social.
- Ausência de vias de comunicação adequadas.
- Anormalidade na comunicação não verbal. 
- Ausência de atividade imaginativa, como brincar de ser adulto.
- Marcada anomalia na emissão da linguagem com afetação. 
- Anomalia na forma e conteúdo da linguagem. 
- Movimentos corporais estereotipados.
- Preocupação persistente por parte de objetos.
- Intensa aflição em aspectos insignificantes do ambiente. 
- Insistência irracional em seguir rotinas com todos seus detalhes. 
- Limitação marcada de interesses, com concentração em um interesse particular.


Existe tratamento?


A educação especial é o tratamento fundamental e pode dar-se na escola específica ou na dedicação muito individualizada. Pode-se recorrer à psicoterapia ainda que os resultados sejam escassos devido a que o déficit cognitivo e da linguagem dificultam a terapêutica. O apoio familiar é de grande utilidade. Os pais devem saber que a alteração autista não é um transtorno relacional afetivo de criança.
Deve-se considerar também o tratamento farmacológico, que deverá ser indicado por um médico especialista.

Pode-se curar o autismo?


O autismo não tem cura. É uma síndrome que definiu, em 1943, um psiquiatra de origem austríaca chamado Leo Kanner. Hoje em dia, 50 anos depois, ainda não se conhecem as causas que originam essa grave dificuldade para relacionar-se.

O que os pais devem fazer?


Os pais que suspeitam que seu filho pode ser autista, devem consultar um pediatra para que os indiquem um psiquiatra de crianças e adolescentes, que podem diagnosticar com certeza o autismo, seu nível de gravidade e determinar as medidas educacionais apropriadas. O autismo é uma enfermidade, e as crianças autistas podem ter uma incapacidade séria para toda a vida. No entanto, com o tratamento adequado, algumas crianças autistas podem desenvolver certos aspectos de independência em suas vidas.
Os pais devem animar seus filhos autistas para que desenvolvam essas habilidades que fazem uso dos seus pontos fortes de maneira que se sintam bem consigo mesmos. O psiquiatra, além de tratar a criança, pode ajudar a família a resolver o stress; por exemplo, pode ajudar aos irmãozinhos, que possam sentir-se ignorados pelo cuidado que requer a criança autista, ou que se sintam constrangidos de levarem seus amiguinhos à casa. O psiquiatra de crianças e adolescentes pode ajudar aos pais a resolverem os problemas emocionais que surjam como resultado de conviver com uma criança autista, e orientá-los de maneira que possam criar um ambiente favorável para o desenvolvimento e o ensino da criança.

Problemas comuns


Falta de apetite, manha para dormir, birra, contar mentiras e agressividade são comportamentos que, apesar de comuns em crianças pequenas, deixam os pais atordoados, envergonhados, irritados e sem saber como agir. Muitos valem-se de castigos; outros, de agressividade; outros, ainda, tentam a chantagem emocional ou cedem aos caprichos da criança; mas, nem sempre tais atitudes conseguem impedir a falta de controle dos adultos e o olhar recriminatório das pessoas que observam a cena.
A pergunta, então, é inevitável: Como agir? Como lidar com tais problemas sem sentir-se um carrasco?
Não há uma fórmula única, porque cada criança e cada família são diferentes, e todos os recursos adaptados a circunstâncias e necessidades específicas; porém, você deve ser firme em suas atitudes e decisões.
Veja algumas sugestões que, talvez, possam ajudá-las na resolução de alguns problemas:


 FALTA DE APETITE


Normalmente, esta é a queixa mais comum que se ouve em relação a crianças de 1 a 3 anos de idade.
Os pais geralmente se preocupam com a quantidade de alimento ingerida pela criança com receio de que a não alimentação comprometa o crescimento dela; no entanto, se a criança é ativa e cresce a um ritmo normal, as preocupações nesse sentido devem ser deixadas de lado.
Via de regra, é muito comum que a criança tenha pouco apetite por ser pequena demais ou, ainda, por ter o hábito de beber muito leite. Em média, um menino de 1 ano, de aproximadamente 9 quilos, precisa de 1.000 a 2.000 calorias diárias. Portanto, se ele beber um litro de leite inteiro, isso já suprirá cerca de 60% de suas necessidades calóricas e, conseqüentemente, ele não terá vontade de comer. Para fazê-lo comer mais alimentos sólidos, basta reduzir a quantidade de leite por ele consumida.
Além disso, a hora de refeição não deve se tornar um momento de tormenta, repleto de rogos, ameaças e subornos. A recusa da criança em comer nunca deve ser objeto de desaprovação ou castigo. Se houver resistência durante as refeições, tente descobrir o que pode estar causando a falta de apetite e procure remediar a questão sem comentários (tente, por exemplo, diminuir a quantidade de alimentos colocados no prato e dê à criança um prazo para comer (20/30 minutos). Ao término desse tempo, retire o prato sem qualquer manifestação de aprovação ou reprovação e... observe os resultados).

 PROBLEMAS NA HORA DE DORMIR



Normalmente, as crianças pequenas têm problemas relacionados com o sono: resistem em ir para a cama, acordam no meio da noite ou saem da cama com desculpas de terem sede, de quererem ficar mais um pouquinho acordadas ou de irem para outra cama. Nesses casos, a coerência é a melhor saída na resolução do problema: as crianças se desenvolvem melhor se houver uma rotina diária. Portanto, é muito importante que tenham uma hora certa de ir para a cama.
Se tais situações forem tratadas com firmeza, aliadas à calma, obrigando o pequeno a voltar para a cama sem maiores comentários, ao fim de uma ou duas semanas o problema estará resolvido. A criança pode até fazer a maior choradeira a princípio (é um tipo de teste, chantagem emocional), mas não tardará a se acalmar.

 ATAQUES DE BIRRA



Situações embaraçosas do tipo ter seu filho prostado no chão do supermercado aos gritos, esperneando e esbracejando, fazem qualquer ser-humano normal perder o controle.
Os olhares críticos e insinuações alheias são perturbadores e, não raras vezes, gritos e tapas fazem parte do repertório educacional dos pais. No entanto, tudo isso poderia ser evitado, pois tal comportamento infantil não raro acontece por motivos absolutamente triviais: a criança pode estar se sentindo frustrada por qualquer coisa insignificante ou por lhe ter sido negado algum pequeno desejo. Manha, é verdade; no entanto, todas as crianças normais têm acessos de ira ocasionais, que começam por volta dos 18 meses, atingem o auge perto dos 2 anos e desaparecem aos 3.
Por não saberem ainda lidar com as decepções, com os fracassos do dia-a-dia, as crianças sentem-se frustradas, e a fúria e a irritação são uma forma que demonstrarem seus sentimentos.
Muitas vezes, as emoções das crianças são a resposta aos limites impostos pelos pais, por mais justificados que sejam. O que distingüe os ataques normais dos anormais é sua freqüência e intensidade: uma criança que se entrega a acessos de fúrias diárias durante um longo período pode estar reagindo a tensões familiares (morte, divórcio, mudança de casa, mudança de escola, etc.).
Em relação às fúrias normais, não as encare como algo pessoal nem tente contrapor suas razões. Assim que começarem os pontapés e as gritarias, tente resolver rapidamente o problema, com calma e sem palavras, antes de se aborrecer e se descontrolar. Se estiver em público, leve a criança para um lugar mais retirado até a crise passar. Ao chegar a casa, leve-o para o quarto, feche a porta, deixe-o chorar e em pouco tempo ele se acalmará.

 CONTAR MENTIRAS


Os pais costumam ficar muito preocupados a primeira vez que descobrem que o filho mentiu. Mas, o problema não é tão grave assim, desde que os pais dêem o exemplo correto.
Nas crianças pequenas, realidade e fantasia se misturam. Algumas arranjam amigos imaginários e lhes atribuem ações e culpas, pois ainda não aprenderam a dar um significado moral às mentiras.
Um diálogo aberto, franco e afetuoso entre pais e filhos e a educação pelo exemplo são o melhor remédio contra a transformação da mentira num hábito.
No entanto, se a criança mentir, não a sente em uma cadeira até ela confessar o deslize. Essa atitude provavelmente não irá melhorar o comportamento dela. O caminho é a confiança e a valorização: quanto mais a criança perceber o grande valor que o pai ou a mãe dão à verdade e à confiança mútua, menos provável será que a mentira se torne um problema grave quando ela crescer.

 COMPORTAMENTO AGRESSIVO




Lidar com outras pessoas não é uma tarefa fácil.
Imagine, então, o que é para uma criança, até então centrada em seu próprio mundo, ter de lidar com outras crianças e, geralmente através das brincadeiras, participar das inevitáveis disputas por um brinquedo, por vezes acompanhadas de socos, mordidas e gritos.
Uma das lições mais importantes a aprender nos primeiros três anos de vida é a partilha com os outros, e nem todas as crianças aprendem esta lição tão depressa e tão bem. Aquilo que pode parecer engraçadinho num bebê de 1 ano, poderá tornar-se um sério problema na época de ele entrar para a escola e, então, o egoísmo, o egocentrismo e a intolerância poderão manifestar-se.
A criança é um ser imitador por natureza; portanto, a agressão infantil é, geralmente, decorrente da imitação dos pais, de outras crianças e de personagens da televisão.
As crianças mais agressivas brincam melhor em ambientes espaçosos, com liberdade que num espaço restrito, e devem ser vigiadas até melhorarem sua sociabilidade.
Por vezes o castigo pode ser uma atitude aceitável. Mas não o castigo físico. Melhor é escolher um local bem aborrecido da casa (por exemplo, uma cadeira virada para a parede), e deixá-la ali, pensando no que fez, por alguns minutos (o tempo médio de castigo é de 1 minuto por ano de idade). Ao final do tempo, o castigo cessa e os pais não devem voltar a enfatizar o motivo que levou à punição.

De uma forma geral, as crianças sentem-se mais seguras quando conhecem os limites impostos pelos pais: tornam-se mais confiantes e descontraídas se percebem que um determinado comportamento de sua parte provoca sempre a mesma reação (positiva ou negativa).
Os pais, por sua vez, devem fixar as regras juntos. De nada adianta ter opiniões diferentes em relação à educação do filho. Isso só fará com que ele se porte como um anjo com um dos pais e como um diabinho com o outro. As crianças precisam de doses regulares de aprovação de ambos os pais para poderem discernir entre o certo e o errado.
Todas as crianças precisam aprender a desenvolver e a ter sua identidade como indivíduos. Para que isso aconteça, reservar alguns minutos por dia para conversar com os filhos é fundamental (conte-lhe uma história, fale do que fez durante o dia, os planos para o dia seguinte, etc.).
Aproximar-se do mundo que as crianças conhecem é trazê-las para perto de você. É, desde tenra idade, estabelecer um vínculo de confiança mútua que criará caminhos, abrirá as portas para um diálogo mais franco e sincero no decorrer da juventude e, principalmente, da adolescência.

3 anos


Desenvolvimento físico: pedaladas seguras 


Grande parte das crianças consegue andar de triciclo entre os 2 e 3 anos, algo que requer força muscular e coordenação motora. É sempre bom começar com um modelo de plástico daquele tipo mais baixinho e com menor risco de virar, para que a criança sinta segurança e pegue o jeito de como pedalar, e só depois passar para um maior e mais alto. 
Andar de bicicleta, mesmo que com rodinhas, é só mais para frente, quando o equilíbrio e a coordenação estiverem ainda mais desenvolvidos. 
Escolha com cuidado o local onde seu filho andará de triciclo, porque, devido à baixa altura em relação ao chão, eles facilmente passam despercebidos por carros em marcha a ré. 


Desenvolvimento emocional e social: ele só quer saber do papai (ou da mamãe) 

Procure não achar que é pessoal caso seu filho comece a preferir o pai (ou vice-versa) para certas tarefas. Um dia ele poderá decidir que só o pai vai ler as histórias da hora de dormir e ninguém mais. 
Às vezes o hábito acaba criando este tipo de comportamento: se a mamãe tende a arrumar a cozinha na hora de a criança dormir e o pai é quem mais vezes conta a tal da história, isso passa a ser regra. Outras vezes o pai viaja muito e a criança acaba querendo que só a mãe faça tudo como uma forma de reclamar e dizer "senti muito sua falta, não gostei e fiquei com medo de que você não voltasse nunca mais". 
Não se chateie e saiba que esses comportamentos são temporários. Se for você a preterida, não demonstre mágoa, cobre atenção ou tente "comprar" seu filho com brinquedos ou mimos; e se for o seu companheiro, tente pensar em atividades que geralmente são feitas com ele para dar uma chance de reconectar o seu filho, além de proporcionar um tempo de respiro para você. Mantenha as rotinas da família e você verá que tudo vai voltar ao normal. 

Mentiras 


Nesta fase da vida, a linha que divide fantasia de realidade é bem pouco definida, daí a tendência de algumas crianças a mentir. A intenção não é enganar e sim de dizer algo que vá fazer você feliz -- mesmo que não seja verdade. 
O importante agora é que seu filho não tenha medo de contar a verdade e se sinta compelido a inventar histórias. Por exemplo, se ele negar que pintou a parede, tente limpar a área com calma e explicar que tinta é para ser usada no papel ou livrinhos de pintar. Outra possibilidade é usar o bom humor, embarcar na história e deixar que seu filho perceba sozinho o absurdo da situação. 
As mentiras são fruto também da imaginação cada vez mais ativa. Muitas vezes as crianças acreditam que certas coisas que pensaram realmente aconteceram --talvez tenha sido a bruxa que se escondia atrás da porta que espalhou todos os brinquedos pelo chão... 

Desenvolvimento da linguagem: estimule sem forçar

 



"Uma, duas, três caixas!". A capacidade para contar uma sequência começa a existir por volta dos 3 anos, pelo menos de forma intuitiva. Primeiro a criança consegue identificar quando há um de alguma coisa e depois mais de um (embora sem saber se são dois ou cinco). 
Aos 3 anos pode até contar três objetos, mas se for até 10 o mais possível é que esteja simplesmente recitando os números de memória. Crianças desta idade não entendem ainda o conceito de quantidade. 
A melhor maneira de estimular o potencial para a matemática é incorporar referências numéricas ao dia-a-dia. Conte os degraus quando subir uma escada ou os bloquinhos que empilharem ao brincar. Leia muitos livrinhos, o que ajuda a criança a entender que certos símbolos na página querem dizer alguma coisa. 
Quebra-cabeças de encaixar formas (triângulos, retângulos, círculos) também são um ótimo exercício de pré-leitura (chave para qualquer área do aprendizado) e coordenação espacial. 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

2 Anos - eles já não são mais Bebes!


Criança em crescimento

 

Feliz aniversário! Não dá nem para acreditar que ontem ele era só um bebezinho e agora já tem 2 anos e até vontade própria! 
No último ano, seu filho passou a maior parte do tempo desenvolvendo suas habilidades motoras, ao passar a andar sem ajuda, correr e segurar objetos com muito mais firmeza. Daqui para a frente, você perceberá mais mudanças na maneira como ele age e pensa. 
Ele vai começar a formar imagens na mente, organizar categorias e colocar coisas em ordem. A memória também se aprimora e algumas crianças já conseguem até identificar cores e contar até cinco. Leia outros detalhes sobre o que está se passando na cabeça do seu filho. 




Desenvolvimento físico: onde foi parar aquele nenê?

 

Bem debaixo do seu nariz aquela criança redondinha e com dobrinhas vai dando lugar a uma com braços e pernas compridos, com o corpo mais parecido com o de um miniadulto. O ganho de peso é bem menor (cerca de 2 quilos por ano, dependendo, claro, da constituição, dieta e herança familiar do seu filho) e o de altura, maior (por volta de 6 centímetros por ano). 
Continue a oferecer uma dieta variada, rica em grãos integrais, proteínas, frutas e verduras, e com alguma moderação na quantidade de gordura, que ainda é essencial para o desenvolvimento do corpo e do cérebro. Caso seu filho este ja acima do peso,não adote regimes por conta própria e converse com o pediatra sobre a melhor maneira de agir. 
As necessidades nutricionais das crianças são diferentes das dos adultos, e é perigoso começar a cortar alimentos sem discutir com o médico primeiro. 

Será que é hora de desfraldar? 


Fisicamente muitas crianças já estão aptas a tirar a fralda nesta idade, mas a questão é saber se é o momento certo para o seu filho. 
Ele já consegue pôr e tirar a calça (claro que com alguma ajuda)? Fica de três a quatro horas seco? Interrompe a brincadeira por alguns minutos para fazer cocô ou xixi? Esconde-se, vai para um cantinho ou dá algum sinal de que quer privacidade nesses momentos? Avisa logo de cara quando está sujo? Imita outros comportamentos adultos como escovar os dentes ou usar garfos? Segue instruções simples? Está interessado em saber o que você faz no banheiro? Já deu nome para cocô e xixi? 
Se você respondeu sim à maior parte das perguntas acima, vale a pena comprar um penico e deixá-lo no banheiro. Procure estimular seu filho a sentar lá uma ou duas vezes ao dia. Não se preocupe se no início ele preferir sentar de fralda mesmo. O objetivo agora é iniciar uma nova rotina e ajudá-lo a se sentir confortável no peniquinho. Não ache que um milagre vai acontecer da noite para o dia. 
Para mais informações, confira as dicas do  guia de desfraldamento

Desenvolvimento emocional e social: sou grande e sou pequeno! 


Um dia ele fala todo orgulhoso que já é "grande" e, minutos depois, faz manha porque quer colo. Esse fenômeno muito típico desta idade é conhecido como regressão e, muitas vezes, indica apenas que a memória do seu filho está se aperfeiçoando e ele consegue lembrar das coisas boas de quando era bebê. 
Ele pode também simplesmente estar querendo carinho e atenção, especialmente se houve alguma mudança na rotina, como a chegada de um novo bebê em casa ou até uma discussão entre você e seu marido. 
Muitas crianças se comportam assim também quando ficam tomadas demais pelas tentativas de se tornar independentes. Ajude seu filho a diminuir tal estresse baixando suas expectativas. Em vez de insistir para que ele arrume tudo sozinho, auxilie na tarefa de guardar roupas e brinquedos. 
Se ele não parar de pedir uma mamadeira, não vai tirar pedaço dar uma de vez em quando (e resista à tentação de fazer discurso sobre como você está decepcionada -- em vez disso, encha-o de elogios toda vez que usar o copinho). 

Identidade sexual 


Com 2 anos, é possível que seu filho já tenha alguma noção da diferença entre ser homem e mulher. Os meninos começam a imitar o comportamento masculino, e as meninas, o feminino. Talvez você note como ele copia o jeito de o pai andar ou pede para usar a camiseta de futebol ou o cinto. Já sua filha poderá fingir que está passando batom ou colocando coisas na bolsa. 
É importante salientar que as crianças nem sempre copiam o comportamento das pessoas do mesmo sexo. Nesta idade, estão apenas experimentando papéis e tentando descobrir que identidade melhor lhes cai. 
Não há necessidade de incentivar uma menina a brincar de boneca ou um menino a brincar de carrinho, já que a criança que tem escolha vai naturalmente brincar com todo tipo de objeto e será beneficiada pela variedade de vivências. 

Desenvolvimento da linguagem: bom de papo 


Dá para acreditar como ele já consegue conversar? Seu filho faz perguntas e adora responder às suas. Com sua crescente noção de individualidade, ele aproveita todas as oportunidades para dizer do que gosta e não gosta. Vai cada vez mais pedir comidas e bebidas específicas e ficar exigente com a "cara" do prato (não pode misturar a comida, por exemplo). 
É comum também que as crianças desta faixa etária notem o fim de alguma coisa ("cabô o papá") e entendam o conceito de "mais" ("mais pão"). 
Seu filho provavelmente sabe identificar e falar o nome de dezenas de itens que vê todos os dias, incluindo os objetos da casa (mesa, cadeira, porta) e os animais comuns na vizinhança (cachorro, gato, passarinho, borboleta), sem contar, claro, as pessoas ao redor. 
As crianças ainda usam os sentidos (tato, olfato etc.) para explorar o mundo, mas podem surpreender com observações e comparações sofisticadas, como ao falar que o pêlo do gato é molinho como o cobertor. Algumas já sabem identificar cores e contar até 10.